quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Comprar imóveis para locar pode superar o rendimento atual de investimentos tradicionais

Atualmente, entre os imóveis mais lucrativos e procurados estão os comerciais, industriais e apartamentos de até dois dormitórios

Com as recentes reduções da taxa básica de juros, a valorização do dólar frente ao real e as turbulências causadas pela crise econômica na Europa, quem poupa precisa rever seus investimentos. Aplicar as economias em imóvel segue uma boa opção pela tendência do bem em valorizar a médio e longo prazo, além de render com o aluguel. A facilidade no crédito e a estabilidade da demanda no Médio Vale, em Santa Catarina, por locação tornam a alternativa interessante. Mas antes é preciso pesquisa, cautela e colocar os custos de manutenção na ponta do lápis para que o investimento não se torne prejuízo. Hoje, entre os imóveis mais lucrativos e procurados estão os comerciais, industriais e apartamentos de até dois dormitórios.

"Imóveis sempre serão um bom investimento a longo prazo com uma boa rentabilidade, principalmente na compra de apartamentos adquiridos na planta ou em fase inicial de construção", aconselha o economista Marcelo Viana Custódio, delegado regional do Conselho Regional de Economia.

O economista e coordenador do curso de Economia da Unidavi, Luiz Alberto Neves, reforça que o cenário econômico turbulento pode trazer vantagens aos investidores de imóveis, considerando o baixo rendimento da poupança, a crise financeira na Europa além do real desvalorizado. "A queda nos juros e a facilidade de crédito por incentivo do governo facilitam a aquisição. E até pode acontecer do imóvel desvalorizar, mas é muito raro", afirma Neves.

A oferta de residências para alugar continua acima da procura, mas ainda assim a demanda é grande, avalia Rogério Patrício, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais de Blumenau e região (Secovi Blumenau). Patrício credita a procura principalmente ao crescimento das empresas e universidades, que estimulam a vinda de novos moradores. O presidente lembra que o aluguel é a saída para quem quer ficar na cidade, mas não sabe durante quanto tempo.

Quase um quarto dos domicílios blumenauenses são alugados

Em Blumenau, a preferência pelo aluguel aumentou. O Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 mostra que o número de domicílios alugados (o que inclui apartamentos, casas e quitinetes) representa quase um quarto do total na cidade. O crescimento dos aluguéis foi de 93% em 10 anos. Os domicílios próprios (somando os financiados e os já quitados) aumentaram 20,6% no mesmo período, mas ainda são maioria.

Se antes a preferência por locação era quase exclusiva na região central, hoje há procura também nos bairros. Com a expansão das empresas fora do Centro - e a vida própria que as regiões estão criando -, quem quer investir deve pensar também nas localidades mais afastadas, avalia Soraia Vasselai, delegada da regional de Blumenau do Sindicato dos Corretores de Imóveis de SC. Para morar, a principal opção é de apartamento. Mas também há procura por imóveis comerciais e industriais.

Fonte: Revista Pense Imóveis 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Crédito Imobiliário 2013


Crédito imobiliário tende a superar empréstimo pessoal em 2013

O crédito imobiliário caminha em 2013 para virar a maior operação de financiamento à pessoa física do mercado bancário brasileiro. Com um ritmo de crescimento anual próximo de 35%, os portfólios têm chances de ultrapassar o crédito pessoal e, ao mesmo tempo, vencer a barreira dos R$ 100 bilhões desembolsados com recursos da poupança. Em um período em que as modalidades de consumo lutam para superar a inadimplência elevada, é um cenário de fazer inveja. Até novembro do ano passado, o crédito habitacional para pessoa física somava R$ 269,6 bilhões, enquanto o crédito pessoal totalizava R$ 314,6 bilhões

A expansão não veio isenta de dores. O ano passado trouxe um tropeço significativo nos desembolsos de crédito habitacional pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), que inclui recursos livres e da poupança e representa 89% do estoque. A liberação de recursos aumentou perto de 6% no ano, longe da previsão de 20% feita pela Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O desempenho desapontador veio na esteira de uma economia mais fraca e da menor demanda por parte das incorporadoras imobiliárias, que puxaram a média para baixo.

A competição também esquentou no ano passado e deve seguir na ordem do dia. Não só os bancos públicos, mas também os privados, elegeram a modalidade como prioritária.

Ao se contabilizar todos os tipos de recursos (livres e direcionados, para pessoas físicas e jurídicas), o saldo de operações de crédito imobiliário somava R$ 342,9 bilhões em outubro, dado mais recente do Banco Central (BC). Desse total, 76,8% referiam-se a operações destinadas a pessoas físicas e o restante para incorporadoras e construtoras, em que o tempo de duração dos financiamentos é menor. As operações passam a fazer parte da carteira irmã normalmente quando o mutuário pega as chaves.

No acumulado 12 meses, a carteira cresceu impressionantes 35,6%. Ainda assim, a modalidade representa apenas 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB), bem abaixo dos Estados Unidos, por exemplo, onde supera 70%. No fim de 2011, essa proporção no Brasil era de 5,1%.

Foi o crédito imobiliário com recursos livres e da poupança que mais sentiu o "freio de arrumação" no ano que passou. Octávio de Lazari Junior, presidente da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), diz que foram desembolsados em 2012 R$ 84 bilhões (dados preliminares) em empréstimos com recursos do SBPE, alta de 6%. "Quando pensamos na meta de 20% em 2012, trabalhávamos com um PIB de 4% e não consideramos os problemas das construtoras", diz. Para 2013, a estimativa é que a expansão se situe entre 15% e 20%, rompendo a marca dos R$ 100 bilhões desembolsados com recursos do SBPE.

Segue matéria: http://bit.ly/11ehD1s
Foto: Reprodução
Crédito imobiliário tende a superar empréstimo pessoal em 2013

O crédito imobiliário caminha em 2013 para virar a maior operação de financiamento à pessoa física do mercado bancário brasileiro. Com um ritmo de crescimento anual próximo de 35%, os portfólios têm chances de ultrapassar o crédito pessoal e, ao mesmo tempo, vencer a barreira dos R$ 100 bilhões desembolsados com recursos da poupança. Em um período em que as modalidades de consumo lutam para superar a inadimplência elevada, é um cenário de fazer inveja. Até novembro do ano passado, o crédito habitacional para pessoa física somava R$ 269,6 bilhões, enquanto o crédito pessoal totalizava R$ 314,6 bilhões

A expansão não veio isenta de dores. O ano passado trouxe um tropeço significativo nos desembolsos de crédito habitacional pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), que inclui recursos livres e da poupança e representa 89% do estoque. A liberação de recursos aumentou perto de 6% no ano, longe da previsão de 20% feita pela Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O desempenho desapontador veio na esteira de uma economia mais fraca e da menor demanda por parte das incorporadoras imobiliárias, que puxaram a média para baixo. 

A competição também esquentou no ano passado e deve seguir na ordem do dia. Não só os bancos públicos, mas também os privados, elegeram a modalidade como prioritária. 

Ao se contabilizar todos os tipos de recursos (livres e direcionados, para pessoas físicas e jurídicas), o saldo de operações de crédito imobiliário somava R$ 342,9 bilhões em outubro, dado mais recente do Banco Central (BC). Desse total, 76,8% referiam-se a operações destinadas a pessoas físicas e o restante para incorporadoras e construtoras, em que o tempo de duração dos financiamentos é menor. As operações passam a fazer parte da carteira irmã normalmente quando o mutuário pega as chaves. 

No acumulado 12 meses, a carteira cresceu impressionantes 35,6%. Ainda assim, a modalidade representa apenas 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB), bem abaixo dos Estados Unidos, por exemplo, onde supera 70%. No fim de 2011, essa proporção no Brasil era de 5,1%. 

Foi o crédito imobiliário com recursos livres e da poupança que mais sentiu o "freio de arrumação" no ano que passou. Octávio de Lazari Junior, presidente da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), diz que foram desembolsados em 2012 R$ 84 bilhões (dados preliminares) em empréstimos com recursos do SBPE, alta de 6%. "Quando pensamos na meta de 20% em 2012, trabalhávamos com um PIB de 4% e não consideramos os problemas das construtoras", diz. Para 2013, a estimativa é que a expansão se situe entre 15% e 20%, rompendo a marca dos R$ 100 bilhões desembolsados com recursos do SBPE. 

Segue matéria: http://bit.ly/11ehD1s
Foto: Reprodução

Tudo o que você precisa saber sobre a mudança


SAIBA COMO APROVEITAR O PERÍODO DE CONSTRUÇÃO PARA SE PLANEJAR PARA A ENTREGA
Atualizado em 7 de janeiro de 2013 18:11
Por: Bruno Algarve (ilustração)
1 – PLANEJANDO A DECORAÇÃO
Depois de fechar o contrato de compra de imóvel, o novo proprietário passa a sonhar com a disposição dos ambientes e com a decoração da futura morada. Porém, nos meses necessários para o término da construção, pouca gente atenta para o fato de que já é tempo de escolher os prestadores de serviço encarregados de adaptar o apartamento às necessidades específicas da família.
“O mercado está aquecido e, muitas vezes, o fornecedor contratado na véspera da entrega não consegue atender da melhor forma”, alerta a arquiteta Valéria Guimarães, coordenadora do Preference, departamento da Cyrela criado para auxiliar as pessoas que queiram fazer modificações durante as obras (relacionamentocyrela.com.br. Acesse o link Modifique sua Obra).
Com o auxílio da equipe Preference é possível definir e executar alterações na unidade adquirida durante a obra, de acordo com o gosto do dono, a partir de dois anos antes da entrega do imóvel, e ainda contar com a garantia da Cyrela. Dentro das opções de plantas pré-determinadas, é possível escolher acabamentos, como revestimentos de parede e pisos, além de, em alguns casos, cubas e torneiras.
Logo depois da assembleia de instalação do condomínio tem início o período de execução das obras no apartamento novo. O planejamento é necessário se a intenção é fazer alterações mais complexas. Há os que escolhem contratar arquitetos para cuidar das reformas do começo ao fim, e há os que querem tratar pessoalmente das alterações e do contato com os prestadores de serviços. Nos dois casos, o cuidado começa logo na definição dos profissionais. Para chegar aos nomes certos, é aconselhável ter boas referências.
O momento é facilitio pela leitura do Manual do Proprietário. Trata-se de um guia de cada unidade com descrições detalhadas e esclarecedoras sobre o imóvel (veja a seguir).
Outra providência importante é informar-se sobre os horários do prédio, para agendar entregas. Vale lembrar que cada um tem suas regras específicas, definidas em comum acordo entre os condôminos. Facilita muito ter alguém no apartamento que avise aos porteiros e seguranças e que receba os prestadores de serviço em casa. Essa pessoa responsável – morador ou o arquiteto contratado – deve atentar ainda para o modo de execução das obras. “O olho do dono é importante, pois não é difícil prestadores de serviços cometerem enganos que comprometem instalações. Muitos maquiam seus erros, e, no futuro, o proprietário pode ter problemas, como vazamentos. Se o dono trabalhou com o arquiteto, o certo é avisá-lo de tudo o que acontece”, explica Valéria Guimarães.
CONHEÇA O SEU IMÓVEL NOVO
O Manual do Proprietário é entregue junto com as chaves. Em linguagem simples, traz informações para que
 o dono conheça a fundo o novo imóvel. Quem quer reformar também não pode deixar de consultar este material. Assim, é possível saber com segurança em quais paredes se pode mexer, por onde passa a fiação elétrica, onde estão instalados os canos de hidráulica e muitas outras dicas importantes para conservar e usufruir de todo o conforto que o apartamento tem a oferecer.
COM A MÃO NA MASSA
Dicas para se organizar em cada etapa
Durante a obra
- Escolher opções de customização oferecidas pela construtora com os arquitetos do Preference. Atente-se aos prazos com antecedência.
- Selecionar e contratar fornecedores.
Projetar gastos para o período de implantação do condomínio, como compra de itens indisponíveis e taxas iniciais de condomínio.
- Levar a planta do imóvel com todas as dimensões dos ambientes ao comprar ou encomendar móveis, box, espelhos etc.
Depois da assembleia
- Ler o Manual do Proprietário.
- Pedir ligação de energia à concessionária.
- Pedir transferência ou instalação de linha telefônica.
- Exigir dos fornecedores confirmação de medidas do imóvel, para evitar entrega de produtos que não cabem no local.
- Comprar aquecedor, chuveiro e ar Manual do Proprietário.
- Confirmar os horários do condomínio, antes de agendar a execução dos serviços.
Depois da mudança
- Contratar TV a cabo.
- Contratar provedor de internet.
- Comprar eletrodomésticos e eletrônicos compatíveis com as instalações elétricas e medidas das portas.
- Fazer os serviços de manutenção periódica sugeridos no Manual do Proprietário para garantir a durabilidade do imóvel.
2 – DE OLHOS NAS INSTALAÇÕES E GARANTIAS
Ao ganhar as chaves, o proprietário recebe também um imóvel onde é possível viver com todo conforto, projetado de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Tais regras ditam, por exemplo, no caso das instalações hidráulicas, quanto de água se pode dimensionar para os pontos de saída do apartamento, tais como torneiras e chuveiros. Poucas pessoas sabem existência dessas normas e, por falta de atenção às indicações contidas no Manual do Proprietário, escolhem chuveiros com vazão superior à correta. Resultado: pode faltar água em outros pontos da casa e comprometer o fornecimento aos vizinhos.
O exemplo do chuveiro novo e inadequado é emblemático do tipo de situação com a qual o morador se depara ao se mudar. “A pessoa planeja e executa a reforma, contrata o decorador, escolhe o mobiliário, os eletrodomésticos de última geração, mas quando chega aos detalhes técnicos, pode errar”, alerta Oliver Andrade, Gerente de Assistência Técnica da Cyrela SP. Produtos incompatíveis com a instalação elétrica do imóvel podem provocar problemas sérios, como incêndios ou danos as instalações.
Duas histórias recentes evidenciam o perigo da falta de planejamento. A primeira aconteceu quando um aquecedor elétrico de alta potência foi instalado por meio de um adaptador no quarto de um apartamento, provocando um princípio de incêndio. A outra foi a instalação – também de maneira imprópria com uso de adaptadores – de uma máquina de lavar roupas importada, que originou mau contato e, por consequência, fogo na área de serviço. “O morador deve estar atento a uma regra básica: o jeito certo de ligar aparelhos é diretamente na tomada, sem adaptadores ou transformadores. O alerta vale especialmente para produtos estrangeiros, hoje mais acessíveis aos brasileiros, sendo que a maioria tem plugues diferentes dos do Brasil”, explica Oliver.
O imóvel é sempre entregue com lacres de garantia em instalações hidráulicas e nas instalações do quadro elétrico, de modo que o proprietário, em caso de defeito, saiba se o dano é da construtora ou se foi provocado pelo prestador de serviço (neste caso, o lacre o estará violado). É mais ou menos o que acontece com computadores novos, que também vêm com lacre de garantia para ajudar a da assistência técnica autorizada a identificar a origem do defeito.
A unidade nova tem ainda uma boa distribuição de pontos para ligação de aparelhos. Mas, sem planejamento e havendo necessidades específicas (como no caso citado do aquecedor elétrico), pode haver erros. “Se o dono antevê o uso dos ambientes, definindo, por exemplo, onde será o escritório, o home-theater e se terá algum equipamento especial na cozinha, ele pode evitar problemas”, explica Andrade. O que acontece, porém, é que os moradores sempre querem mais tomadas. Nesse caso, é essencial evitar improvisos diante do risco de perigosas adaptações. “O aconselhável é o proprietário contratar uma empresa especializada, com profissionais experientes, para mapear e instalar corretamente as novas tomadas desejadas”, conclui Oliver Andrade.
3 – DE BEM COM AS CIFRAS
Além de pensar no jeito certo de decorar e ocupar o novo apartamento, é preciso também se programar para as despesas comuns na data de entrega das chaves. O bom planejamento acontece já no tempo da compra. A lógica é simple: o cliente se preparou com uma poupança para o ato da aquisição e deve se preparar também para os gastos que serão requisitos para se ter direito às chaves. Os casos são diferenciados e dependem da negociação com o cliente. A situação mais comum, porém, é a de o cliente ter que se preparar para o pagamento da parcela única, dos impostos e das taxas (veja a seguir).
Preparar a papelada para finalizar os processos admi
nistrativos que efetivam a venda do imóvel junto à incor
poradora e ao banco financiador do imóvel é outra etapa 
importante. Por isso, seis meses antes da entrega, a Cyre
la envia uma carta ao comprador, avisando que ele será, em breve, procurado por um assessor imobiliário indicado pela empresa. “Por cuidarem da tramitação dos documentos, eles são uma ajuda valiosa nessa fase”, diz Guilherme Puppi, diretor-geral do departamento de Crédito, Cobrança e Repasse Corporativo da Cyrela. Se tudo está certo com o banco e com a incorporadora, dois meses antes da entrega do empreendimento o cliente pode ter tudo aprovado e se mudar para o imóvel novo assim que sair o Habite-se (sinal verde da prefeitura para ocupar o imóvel).
Mais informações no site cyrela.com.br (Acesse o Portal do Cliente) ou pelo telefone 08000 14 5656.
ECONOMÊS FÁCIL, FÁCIL…
Para quem está a meses da entrega das chaves,
 a leitura da Cartilha Financeira é de grande ajuda. Criada para esclarecer e simplificar a vida 
do novo proprietário, a publicação elenca as responsabilidades, os direitos e os deveres do comprador e da incorporadora. Mostra também como a empresa se estrutura para auxiliá-lo nas etapas da aquisição do imóvel, inclusive a que antecede o dia mágico em que o comprador se apropria do seu bem. Saiba mais: cyrela.com.br/publicacoes.
OLHA O INCC AÍ!
Quem mora de aluguel ou não é economista passa a lidar com uma sigla nova ao comprar o primeiro imóvel. O INCC (Índice Nacional de Custos da Construção Civil) é uma correção monetária que serve como termômetro da inflação no setor, usada para ajustar as parcelas da compra e também o saldo devedor. Em 2012, o INCC está fechando em cerca de 7%, índice relacionado à saúde da economia do país.
PROPRIETÁRIO E CIDADÃO
Saiba quais são os impostos que você deve pagar ao receber o imóvel novo:
ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) – pago ao município e varia de 2% a 4% do valor do imóvel.
Custos de cartório – em torno de 0,5% do valor do bem.
Laudêmio – tributo pago à União, em casos específicos no território nacional. É uma espécie de compensação pela ocupação de imóveis em terrenos pertencentes, por exemplo, à Marinha. Há casos curiosos, como os de Alphaville e Tamboré, em São Paulo, onde a cobrança do imposto acontece porque as regiões abrigaram aldeamento indígena. Há ainda o caso do centro histórico da cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde se paga o laudêmio em benefício de descendentes da antiga família real brasileira, em obediência a lei do século 19.

Saiba como escolher na planta


REUNIMOS OS ITENS ESSENCIAIS PARA GARANTIR O SUCESSO DO SEU INVESTIMENTO
Atualizado em 9 de novembro de 2012 20:51
Adquirir uma propriedade nova é um investimento que pode atingir uma valorização significativa até a entrega das chaves – desde que seja feita a escolha certa. A seguir, os cuidados básicos que devem ter tomados na hora de decidir*.
Procure informações sobre a construtora
A idoneidade das partes é condição essencial para a realização de um bom negócio. Por isso, é altamente recomendável se informar sobre o passado da incorporadora contratada, pesquisar sobre a qualidade de suas entregas (se é tudo igual ao que foi vendido) e conversar com quem conhece os seus imóveis. Empresas com responsabilidade social e que investem nas pessoas também devem ser preferidas.
Conheça o local do imóvel pessoalmente
Visitar o terreno antes de fechar o negócio é fundamental. Só assim é possível observar as características da vizinhança, as condições de trânsito e mobilidade, o fluxo de pessoas, o clima, a cor e o cheiro de seu futuro bairro. A Cyrela mantém pontos de vendas no próprio terreno, com unidades decoradas, desde o começo da construção.
Verifique as possibilidades de customização
Imóveis comprados nesse estágio costumam oferecer algumas opções de plantas, que podem ser totalmente adaptáveis às necessidades individuais dos seus futuros moradores. Menos quartos para uma sala mais ampla, dependências de empregados transformadas em escritório e lavabo – nada disso é impossível quando se compra na planta.
Preste atenção ao memorial descritivo
É nesse documento que você vai encontrar todos os detalhes sobre o imóvel comprado e as áreas comuns do condomínio, incluindo revestimentos e acabamentos. No momento da entrega, não esqueça de levar o memorial para fazer sua vistoria.
Entenda as taxas de financiamento
O índice de correção das prestações mais utilizado pelas incorporadoras durante o período da construção é o INCC – o Índice Nacional de Custo da Construção, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas.
 Após o fim da obra, o índice de reajuste passa a ser o IGP-M, o Índice Geral de Preços, também calculado pela FGV e divulgado ao final de cada ano. Ao IGP-M são acrescidos 12% ao ano, pelo sistema Price – um tipo de financiamento em que as parcelas são iguais, a amortização é declinante e os juros crescentes. Em caso de financiamento bancário, o índice de reajuste passa a ser a TR, ou Taxa Referencial de Juros, que é acrescida de uma taxa de financiamento previamente estabelecida pelo banco contratado.
Avalie bem sua situação financeira
É preciso lembrar que um financiamento imobiliário é uma transação de longo prazo, que talvez possa ser afetada por um imprevisto, como a perda de um emprego ou um caso de doença na família. Além disso, há o reajuste normal das parcelas ao longo dos anos e os gastos com a documentação, que também devem caber no seu orçamento.
Mantenha a transação oficializada
Uma parte desta tarefa é da própria construtora: pela lei no 4.591, de 1964, é obrigatório que as incorporadores registrem em cartório um conjunto de quinze documentos antes de começar um negócio imobiliário. Já no momento da compra, o próprio comprador também pode oficializar o negócio, mediante pagamento de 30% do valor final do registro da escritura. Os outros 70% podem ser pagos no momento da confecção da escritura definitiva.
* Fontes: Estado de S.Paulo, Fórum Imobiliário, Veja, G1

Negócios Imobiliários


Fundos imobiliários batem recorde
QUEDA DA TAXA SELIC E NOVOS DISPOSITIVOS REGULADORES ESQUENTAM O MERCADO
Apesar de estarem sujeitos à vacância de imóveis e a comportamentos inesperados nos preços dos aluguéis, os fundos imobiliários passam por uma pequena revolução no Brasil, atraindo cada vez mais investidores graças ao nível de rentabilidade que hoje atinge entre 8% e 9% ao ano.
A queda da taxa Selic, atualmente em 7,25% ao ano, é considerado o principal fator para o crescimento do mercado de fundos de investimentos. E as progressões são as melhores possíveis: se no ano passado, o setor movimentou R$ 912 milhões, até outubro desse ano, o montante já chega a R$ 2,2 bilhões.
Em relação à compra de um imóvel para investir, a principal vantagem do fundo imobiliário é que não há incidência de imposto de Renda sobre o rendimento. O IR é cobrado apenas quando ocorre a venda. Além disso, as cotas do fundo podem ser negociadas com facilidade na bolsa, os investidores podem comprar participação em imóveis de alta renda, e os fundos contam com profissionais capacitados para analisar o setor, como explica o diretor da XP Investimentos Rodrigo César Dias Machado.
Duas últimas novidades ajudam na consolidação do setor: o índice FIX (Índice de Fundos de Investimento Imobiliário), criado pela BM&FBovespa para medir o desempenho dos fundos, e uma nova norma editada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que permite aos fundos a contratação de formadores de mercado para aumentar a liquidez das cotas.
O OUTRO LADO DA MOEDA
Um levantamento feito pela revista Exame expôs os principais riscos dos investimentos em fundos imobiliários analisando os últimos 15 fundos registrados e em análise na CVM. Entre os problemas encontrados, há imóveis ameaçados de desapropriação, hipotecas judiciais e inquilinos duvidosos, ainda sem licença para operar. O temor é que a alta dessas aplicações apresse a criação de fundos com imóveis não totalmente regularizados, que podem iludir os investidores mais desprevenidos.
No entanto, os problemas atingem uma pequena parte do mercado. Um levantamento feito pela gestora Rio Bravo, que administra carteiras imobiliárias, mostra que, dos 53 fundos negociados há pelo menos um ano, só nove tiveram perdas.

Fontes: Folha de S. Paulo, UOL, Brasil Econômico e Exame.com

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Economia da Cidade de São Paulo


Se a cidade de São Paulo fosse um país, teria o 36º PIB do mundo

A cidade de São Paulo seria a economia número 36, caso fosse um país, com um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 450 bilhões, conforme dados do IBGE de 2010 – ficando assim, a frente de nações como Portugal, Finlândia e Hong Kong (lembrando que na conversão feita em 2010, o câmbio era de R$ 1,76/dólar).
A FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) elaborou o estudo comparando as diversas economias com a paulistana, em comemoração aos 459 anos da capital São Paulo. Segundo o estudo, diferentemente de grande parte das cidades e regiões brasileiras que concentram suas atividades econômicas em setores como petróleo, comércio exterior, mineração, agrícola, entre outros, São Paulo agrega as mais diversas atividades econômicas, o que reduz os riscos para a cidade em casos de turbulências financeiras.
Internamente, o PIB paulistano representa 12% de todo o Brasil. Entre as regiões, a economia paulistana representa 21% do PIB da região Sudeste, 65% da Sul e 87% da Nordeste. O PIB de São Paulo é ainda 27% maior do que o PIB do Centro-Oeste e quase duas vezes e meia o da região Norte.

Em comparação com economias do continente latino americano, São Paulo também tem bons resultados: 70% da economia Argentina, 85% da Venezuela e 90% da Colômbia.
Comparação com os EUA
O PIB da cidade de São Paulo também foi comparado com o dos 50 estados americanos, mais a capital Washington. Se a cidade de São Paulo fosse um estado norte-americano, estaria a frente de 31 desses estados. Na comparação com o ano de 2009, houve um ganho de cinco posições da economia paulistana nesta base comparativa. A explicação está no processo de crescimento econômico mais acentuado em 2010: Brasil (7,5%) e Estados Unidos (2,9%).
Se a cidade de São Paulo fosse um país, teria o 36º PIB do mundo

A cidade de São Paulo seria a economia número 36, caso fosse um país, com um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 450 bilhões, conforme dados do IBGE de 2010 – ficando assim, a frente de nações como Portugal, Finlândia e Hong Kong (lembrando que na conversão feita em 2010, o câmbio era de R$ 1,76/dólar).
A FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) elaborou o estudo comparando as diversas economias com a paulistana, em comemoração aos 459 anos da capital São Paulo. Segundo o estudo, diferentemente de grande parte das cidades e regiões brasileiras que concentram suas atividades econômicas em setores como petróleo, comércio exterior, mineração, agrícola, entre outros, São Paulo agrega as mais diversas atividades econômicas, o que reduz os riscos para a cidade em casos de turbulências financeiras.
Internamente, o PIB paulistano representa 12% de todo o Brasil. Entre as regiões, a economia paulistana representa 21% do PIB da região Sudeste, 65% da Sul e 87% da Nordeste. O PIB de São Paulo é ainda 27% maior do que o PIB do Centro-Oeste e quase duas vezes e meia o da região Norte.

Em comparação com economias do continente latino americano, São Paulo também tem bons resultados: 70% da economia Argentina, 85% da Venezuela e 90% da Colômbia.
Comparação com os EUA
O PIB da cidade de São Paulo também foi comparado com o dos 50 estados americanos, mais a capital Washington. Se a cidade de São Paulo fosse um estado norte-americano, estaria a frente de 31 desses estados. Na comparação com o ano de 2009, houve um ganho de cinco posições da economia paulistana nesta base comparativa. A explicação está no processo de crescimento econômico mais acentuado em 2010: Brasil (7,5%) e Estados Unidos (2,9%).
C

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Secovi prevê melhora do setor imobiliário em 2013.


Sindicato prevê crescimento de até 5% nas vendas e alta de 10% nos lançamentos
O sindicato da habitação na capital paulista (Secovi-SP) traçou uma projeção mais otimista para os lançamentos e mais conservadora para as vendas em 2013, após o ano passado ter revelado um cenário de cautela e ajustes no setor imobiliário.

O Secovi espera crescimento de até 5% nas vendas e alta de 10% para os lançamentos neste ano, conforme dados divulgados nesta quarta-feira.

"Felizmente, as perspectivas para 2013 são melhores", afirmou o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, assinalando que a nova administração municipal tem de atuar estruturalmente para resolver os gargalos existentes, como a demora na aprovação de projetos, que prejudicou o ritmo de lançamentos no ano passado.

De janeiro a novembro foram lançadas 23.735 unidades em São Paulo, queda de 23,2% sobre um ano antes e retração maior que a prevista pelo Secovi para o fechado de 2012, de 21%.

Em contrapartida, os lançamentos mais que dobraram em novembro ante outubro, para 4.894 unidades residenciais em São Paulo, contra 2.359 no mês anterior, informou o Secovi também nesta quarta-feira, sem divulgar os dados comparativos com novembro de 2011.

Segundo a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), foi o maior volume lançado no município desde dezembro de 2011.

Já as vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo saltaram 44,6% em novembro na comparação com outubro, somando 2.852 unidades e marcando o segundo melhor mês de 2012, abaixo apenas de setembro, quando foram comercializados 3.674 imóveis.

No acumulado de 11 meses, as vendas atingiram 24.028 unidades, queda de 1,9% e contrariando a estimativa do Secovi, de fechar o ano com alta de 10% nas vendas. Em termos de valores, houve redução de 3,1%.

"Os números acumulados revelam um equilíbrio entre os lançamentos e as vendas, demonstrando que a oferta está aderente à demanda", afirmou o Secovi, em nota. "Esse movimento foi o que chamamos de 'freio de arrumação', ou seja, uma parada técnica para redimensionar a capacidade de operação", acrescentou o presidente da entidade, Claudio Bernardes. (Vivian Pereira)(Estadao)

Fonte: Imobilinews
Foto: Reprodução
Secovi prevê melhora do setor imobiliário em 2013.

Sindicato prevê crescimento de até 5% nas vendas e alta de 10% nos lançamentos
O sindicato da habitação na capital paulista (Secovi-SP) traçou uma projeção mais otimista para os lançamentos e mais conservadora para as vendas em 2013, após o ano passado ter revelado um cenário de cautela e ajustes no setor imobiliário.

O Secovi espera crescimento de até 5% nas vendas e alta de 10% para os lançamentos neste ano, conforme dados divulgados nesta quarta-feira.

"Felizmente, as perspectivas para 2013 são melhores", afirmou o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, assinalando que a nova administração municipal tem de atuar estruturalmente para resolver os gargalos existentes, como a demora na aprovação de projetos, que prejudicou o ritmo de lançamentos no ano passado.

De janeiro a novembro foram lançadas 23.735 unidades em São Paulo, queda de 23,2% sobre um ano antes e retração maior que a prevista pelo Secovi para o fechado de 2012, de 21%.

Em contrapartida, os lançamentos mais que dobraram em novembro ante outubro, para 4.894 unidades residenciais em São Paulo, contra 2.359 no mês anterior, informou o Secovi também nesta quarta-feira, sem divulgar os dados comparativos com novembro de 2011.

Segundo a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), foi o maior volume lançado no município desde dezembro de 2011.

Já as vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo saltaram 44,6% em novembro na comparação com outubro, somando 2.852 unidades e marcando o segundo melhor mês de 2012, abaixo apenas de setembro, quando foram comercializados 3.674 imóveis.

No acumulado de 11 meses, as vendas atingiram 24.028 unidades, queda de 1,9% e contrariando a estimativa do Secovi, de fechar o ano com alta de 10% nas vendas. Em termos de valores, houve redução de 3,1%.

"Os números acumulados revelam um equilíbrio entre os lançamentos e as vendas, demonstrando que a oferta está aderente à demanda", afirmou o Secovi, em nota. "Esse movimento foi o que chamamos de 'freio de arrumação', ou seja, uma parada técnica para redimensionar a capacidade de operação", acrescentou o presidente da entidade, Claudio Bernardes. (Vivian Pereira)(Estadao)

Fonte: Imobilinews
Foto: Reprodução

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Vale a pena investir em imóvel para alugar em 2013?


Os imóveis brasileiros usados valorizaram no ano passado, em média, 13,7%, segundo o Índice FipeZap, uma cifra bem mais modesta do que nos anos anteriores. Já o índice de inflação que reajusta os contratos de aluguel, o IGP-M, fechou o ano com forte alta de 7,82%. Mas quem pensa em aproveitar a aparente estabilização nos preços dos imóveis residenciais para ir às compras e obter renda com aluguel numa época de inflação mais alta deve pensar novamente.

Com imóveis tão caros e a impossibilidade de os aluguéis subirem acima do limite da renda dos locatários, o investimento imobiliário direto, no segmento residencial, não deve ser uma boa pedida para 2013. Em outras palavras, o retorno apenas com o aluguel está abaixo em comparação à inflação e até mesmo à poupança. O retorno é o percentual a que corresponde o aluguel face ao valor do imóvel. Assim, grosso modo, para uma quantia de 100.000 reais despendida na compra de um imóvel, um aluguel de 1.000 reais mensais corresponderia a um retorno de 1% ao mês.

Segundo o último Índice FipeZap, o retorno médio com aluguel no Rio de Janeiro em dezembro era de 0,39% ao mês; em São Paulo, era um pouco maior, de 0,49%. O Índice FipeZap considera a rentabilidade bruta, anterior ao desconto com imposto de renda a que os aluguéis estão sujeitos. Em ambos os casos, a rentabilidade vem caindo desde 2008.

Esse patamar de rentabilidade é o mesmo das aplicações mais conservadoras do mercado, que além de terem menos risco de calote, ainda são bem mais líquidas. A poupança pelas regras novas, com remuneração de 70% da Selic mais Taxa Referencial (TR), rendeu, em dezembro, 0,41%. É mais do que a média de retorno do Rio de Janeiro. O retorno bruto em São Paulo perde, por exemplo, para o retorno bruto em um mês no Tesouro Direto. Uma Letra Financeira do Tesouro (LFT) está rendendo, em um mês, 0,58%, considerando uma corretora que não cobre taxa de administração.

“Isso se deve principalmente ao aumento dos preços dos imóveis novos, que puxou o aumento dos usados. A queda nos retornos com aluguel foi generalizada. A oferta de imóveis para locação também tem aumentado nos últimos anos em virtude do aquecimento da economia. Muita gente começou a enxergar o imóvel para aluguel como uma boa alternativa para alocar parte do patrimônio”, explica Cícero Yagi, consultor do Secovi-SP, o sindicato das empresas do mercado imobiliário em São Paulo.

Veja na tabela as comparações:

Fonte: Mercado Imobiliário
Foto: Reprodução
Vale a pena investir em imóvel para alugar em 2013?

Os imóveis brasileiros usados valorizaram no ano passado, em média, 13,7%, segundo o Índice FipeZap, uma cifra bem mais modesta do que nos anos anteriores. Já o índice de inflação que reajusta os contratos de aluguel, o IGP-M, fechou o ano com forte alta de 7,82%. Mas quem pensa em aproveitar a aparente estabilização nos preços dos imóveis residenciais para ir às compras e obter renda com aluguel numa época de inflação mais alta deve pensar novamente.

Com imóveis tão caros e a impossibilidade de os aluguéis subirem acima do limite da renda dos locatários, o investimento imobiliário direto, no segmento residencial, não deve ser uma boa pedida para 2013. Em outras palavras, o retorno apenas com o aluguel está abaixo em comparação à inflação e até mesmo à poupança. O retorno é o percentual a que corresponde o aluguel face ao valor do imóvel. Assim, grosso modo, para uma quantia de 100.000 reais despendida na compra de um imóvel, um aluguel de 1.000 reais mensais corresponderia a um retorno de 1% ao mês.

Segundo o último Índice FipeZap, o retorno médio com aluguel no Rio de Janeiro em dezembro era de 0,39% ao mês; em São Paulo, era um pouco maior, de 0,49%. O Índice FipeZap considera a rentabilidade bruta, anterior ao desconto com imposto de renda a que os aluguéis estão sujeitos. Em ambos os casos, a rentabilidade vem caindo desde 2008.

Esse patamar de rentabilidade é o mesmo das aplicações mais conservadoras do mercado, que além de terem menos risco de calote, ainda são bem mais líquidas. A poupança pelas regras novas, com remuneração de 70% da Selic mais Taxa Referencial (TR), rendeu, em dezembro, 0,41%. É mais do que a média de retorno do Rio de Janeiro. O retorno bruto em São Paulo perde, por exemplo, para o retorno bruto em um mês no Tesouro Direto. Uma Letra Financeira do Tesouro (LFT) está rendendo, em um mês, 0,58%, considerando uma corretora que não cobre taxa de administração.

“Isso se deve principalmente ao aumento dos preços dos imóveis novos, que puxou o aumento dos usados. A queda nos retornos com aluguel foi generalizada. A oferta de imóveis para locação também tem aumentado nos últimos anos em virtude do aquecimento da economia. Muita gente começou a enxergar o imóvel para aluguel como uma boa alternativa para alocar parte do patrimônio”, explica Cícero Yagi, consultor do Secovi-SP, o sindicato das empresas do mercado imobiliário em São Paulo.

Veja na tabela as comparações:

Fonte: Mercado Imobiliário
Foto: Reprodução

Novos direitos e deveres na hora de alugar


A lei do inquilinato acaba de completar um ano, mas ainda enche de dúvidas inquilinos e donos de imóveis quando o assunto é o que pode ser exigido de cada um na assinatura do contrato. Em época de vencimento de IPTU e da necessidade de pequenas reformas no local, a obrigação de cada parte ganha peso extra e torna-se foco principal das discussões.

Para colocar fim às polêmicas, a Tudo Imóvel ouviu especialistas em Direito Imobiliário, que foram unânimes ao dizer que a nova lei beneficia muito mais os proprietários. “Criou-se uma mística de que o elo fraco do contrato é o locador (proprietário), mas não é verdade. A única tarefa dele, que está expressa no acordo, é entregar o imóvel em perfeito estado de uso, o que ele cumpre 100% na entrega das chaves. Depois disso, qualquer problema é de responsabilidade do locatário (inquilino)”, explica o advogado Edwin Britto.

O pagamento integral das parcelas do IPTU e até mesmo a correção de pequenos problemas, como a troca de fiação ou desentupimentode um cano, por exemplo, devem ser custeadas pelo inquilino, segundo a lei. “Só não será assim se houver qualquer prova de que o dono sabia da existência do problema antes da locação e não o corrigiu. Agora, se o dano apareceu pelo tempo de uso, é o inquilino quem tem de pagar”, aponta Britto.

Para evitar dores de cabeça, as vistorias antes da entrada e da devolução do imóvel são fundamentais e devem ser cumpridas com rigor. “Se você tiver o problema no telhado, ele não deve aparecer na primeira chuva, mas e se o teto cair numa tempestade? O inquilino vai poder protestar, mas já terá perdido tudo. Por isso, a vistoria rigorosa é importantíssima”, salienta Britto.

No Grande ABC, ação de despejo ainda demora

Mesmo com as alterações na lei, imobiliárias do Grande ABC têm dificuldades em liberar o local dentro do prazo legal. “Já passamos três situações relacionadas à nova lei e
os pedidos de despejo não foram aceitos. Dois sem garantia e o outro que o fiador saiu no meio do contrato. A lei trouxe a hipótese de tentar o despejo por liminar, que não
foi concedida. Muitos juízes estão trabalhando com à lei anterior”, explica Fernanda Kelly Bezzera Inácio, advogada especialista em Direito Imobiliário.

A situação acontece, segundo ela, porque a lei do inquilinato ainda é recente e a greve do Judiciário, que durou quatro meses no ano passado, atrapalhou o andamento dos
casos. O tempo de adaptação para os inquilinos também é um dos motivos para que o prazo siga pouco maior do que o previsto na norma. “O despejo sai, mas demora cerca de dois meses”, completa ela.

A mudança da regra fez com que o número de ações de despejo tivesse alta de 60% em 2010, o que gerou discussões entre especialistas. “Isso entupiu os fóruns de ações e agora você tem de pagar direto no fórum tudo o que deve, é complicado”, diz Mario Cerveira Filho.

Ele completa que a modificação na lei deve desequilibrar o preço da locação em breve. “A tendência é o valor do aluguel crescer ainda mais, porque, na medida em que os prazos dos contratos de locação forem se encerrando, o valor em eventual renovação acompanhará esses fatores externos e extrínsecos. Isso prejudicará todos os locatários e a população. Está sendo criada grande bolha no mercado imobiliário brasileiro”, conclui.

Se de um lado inquilinos reclamam de perda de direitos e advogados, de aumento no número de ações nos fóruns, imobiliárias da região respiram aliviadas com a alteração
na lei. Com maior respaldo legal, aumentou em cerca de 30% a oferta de imóveis para locação no Grande ABC. “Muitos clientes que tinham fechado imóvel voltaram a colocá-lo para locação. Antes, o medo de deixar o imóvel para ser depreciado sem a chance de retomá- lo era algo que complicava a situação, principalmente para quem não tinha garantia”, diz Fernanda.
CONFIRA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NA LEI 12.112/09
 AntesDepois
Entrega do ImóvelLocatário era obrigado a pagar multa estabelecida em contratoDeverá pagar multa proporcional ao tempo restante do contrato
FiadorPermanecer até o fim do contrato com o locatorPoderá desistir; o inquilino terá 120 dias para encontrar outro
DespejoPor determinação da Justiça, processo levava mais de um anoApós sentença do juíz deverá ocorrer em no máximo 30 dias
InadimplênciaDuas oportunidades de atrasar o pagamento em 12 mesesUma chance a cada 24 meses para o atraso e evitar rescisão do contrato
ProprietárioAntes era obrigado a renovar o contrato de ponto comercialCaso receba proposta melhor poderá pedir o imóvel de volta
RenovaçãoSem renovação, o prazo era de seis meses após julgamentoMandado de despejo com prazo de 30 dias para desocupação voluntária