1 – PLANEJANDO A DECORAÇÃO
Depois de fechar o contrato de compra de imóvel, o novo proprietário passa a sonhar com a disposição dos ambientes e com a decoração da futura morada. Porém, nos meses necessários para o término da construção, pouca gente atenta para o fato de que já é tempo de escolher os prestadores de serviço encarregados de adaptar o apartamento às necessidades específicas da família.
“O mercado está aquecido e, muitas vezes, o fornecedor contratado na véspera da entrega não consegue atender da melhor forma”, alerta a arquiteta Valéria Guimarães, coordenadora do Preference, departamento da Cyrela criado para auxiliar as pessoas que queiram fazer modificações durante as obras (relacionamentocyrela.com.br. Acesse o link Modifique sua Obra).
Com o auxílio da equipe Preference é possível definir e executar alterações na unidade adquirida durante a obra, de acordo com o gosto do dono, a partir de dois anos antes da entrega do imóvel, e ainda contar com a garantia da Cyrela. Dentro das opções de plantas pré-determinadas, é possível escolher acabamentos, como revestimentos de parede e pisos, além de, em alguns casos, cubas e torneiras.
Logo depois da assembleia de instalação do condomínio tem início o período de execução das obras no apartamento novo. O planejamento é necessário se a intenção é fazer alterações mais complexas. Há os que escolhem contratar arquitetos para cuidar das reformas do começo ao fim, e há os que querem tratar pessoalmente das alterações e do contato com os prestadores de serviços. Nos dois casos, o cuidado começa logo na definição dos profissionais. Para chegar aos nomes certos, é aconselhável ter boas referências.
O momento é facilitio pela leitura do Manual do Proprietário. Trata-se de um guia de cada unidade com descrições detalhadas e esclarecedoras sobre o imóvel (veja a seguir).
Outra providência importante é informar-se sobre os horários do prédio, para agendar entregas. Vale lembrar que cada um tem suas regras específicas, definidas em comum acordo entre os condôminos. Facilita muito ter alguém no apartamento que avise aos porteiros e seguranças e que receba os prestadores de serviço em casa. Essa pessoa responsável – morador ou o arquiteto contratado – deve atentar ainda para o modo de execução das obras. “O olho do dono é importante, pois não é difícil prestadores de serviços cometerem enganos que comprometem instalações. Muitos maquiam seus erros, e, no futuro, o proprietário pode ter problemas, como vazamentos. Se o dono trabalhou com o arquiteto, o certo é avisá-lo de tudo o que acontece”, explica Valéria Guimarães.
CONHEÇA O SEU IMÓVEL NOVO
O Manual do Proprietário é entregue junto com as chaves. Em linguagem simples, traz informações para que
o dono conheça a fundo o novo imóvel. Quem quer reformar também não pode deixar de consultar este material. Assim, é possível saber com segurança em quais paredes se pode mexer, por onde passa a fiação elétrica, onde estão instalados os canos de hidráulica e muitas outras dicas importantes para conservar e usufruir de todo o conforto que o apartamento tem a oferecer.
COM A MÃO NA MASSA
Dicas para se organizar em cada etapa
Durante a obra
- Escolher opções de customização oferecidas pela construtora com os arquitetos do Preference. Atente-se aos prazos com antecedência.
- Selecionar e contratar fornecedores.
Projetar gastos para o período de implantação do condomínio, como compra de itens indisponíveis e taxas iniciais de condomínio.
- Levar a planta do imóvel com todas as dimensões dos ambientes ao comprar ou encomendar móveis, box, espelhos etc.
Depois da assembleia
- Ler o Manual do Proprietário.
- Pedir ligação de energia à concessionária.
- Pedir transferência ou instalação de linha telefônica.
- Exigir dos fornecedores confirmação de medidas do imóvel, para evitar entrega de produtos que não cabem no local.
- Comprar aquecedor, chuveiro e ar Manual do Proprietário.
- Confirmar os horários do condomínio, antes de agendar a execução dos serviços.
Depois da mudança
- Contratar TV a cabo.
- Contratar provedor de internet.
- Comprar eletrodomésticos e eletrônicos compatíveis com as instalações elétricas e medidas das portas.
- Fazer os serviços de manutenção periódica sugeridos no Manual do Proprietário para garantir a durabilidade do imóvel.
2 – DE OLHOS NAS INSTALAÇÕES E GARANTIAS
Ao ganhar as chaves, o proprietário recebe também um imóvel onde é possível viver com todo conforto, projetado de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Tais regras ditam, por exemplo, no caso das instalações hidráulicas, quanto de água se pode dimensionar para os pontos de saída do apartamento, tais como torneiras e chuveiros. Poucas pessoas sabem existência dessas normas e, por falta de atenção às indicações contidas no Manual do Proprietário, escolhem chuveiros com vazão superior à correta. Resultado: pode faltar água em outros pontos da casa e comprometer o fornecimento aos vizinhos.
O exemplo do chuveiro novo e inadequado é emblemático do tipo de situação com a qual o morador se depara ao se mudar. “A pessoa planeja e executa a reforma, contrata o decorador, escolhe o mobiliário, os eletrodomésticos de última geração, mas quando chega aos detalhes técnicos, pode errar”, alerta Oliver Andrade, Gerente de Assistência Técnica da Cyrela SP. Produtos incompatíveis com a instalação elétrica do imóvel podem provocar problemas sérios, como incêndios ou danos as instalações.
Duas histórias recentes evidenciam o perigo da falta de planejamento. A primeira aconteceu quando um aquecedor elétrico de alta potência foi instalado por meio de um adaptador no quarto de um apartamento, provocando um princípio de incêndio. A outra foi a instalação – também de maneira imprópria com uso de adaptadores – de uma máquina de lavar roupas importada, que originou mau contato e, por consequência, fogo na área de serviço. “O morador deve estar atento a uma regra básica: o jeito certo de ligar aparelhos é diretamente na tomada, sem adaptadores ou transformadores. O alerta vale especialmente para produtos estrangeiros, hoje mais acessíveis aos brasileiros, sendo que a maioria tem plugues diferentes dos do Brasil”, explica Oliver.
O imóvel é sempre entregue com lacres de garantia em instalações hidráulicas e nas instalações do quadro elétrico, de modo que o proprietário, em caso de defeito, saiba se o dano é da construtora ou se foi provocado pelo prestador de serviço (neste caso, o lacre o estará violado). É mais ou menos o que acontece com computadores novos, que também vêm com lacre de garantia para ajudar a da assistência técnica autorizada a identificar a origem do defeito.
A unidade nova tem ainda uma boa distribuição de pontos para ligação de aparelhos. Mas, sem planejamento e havendo necessidades específicas (como no caso citado do aquecedor elétrico), pode haver erros. “Se o dono antevê o uso dos ambientes, definindo, por exemplo, onde será o escritório, o home-theater e se terá algum equipamento especial na cozinha, ele pode evitar problemas”, explica Andrade. O que acontece, porém, é que os moradores sempre querem mais tomadas. Nesse caso, é essencial evitar improvisos diante do risco de perigosas adaptações. “O aconselhável é o proprietário contratar uma empresa especializada, com profissionais experientes, para mapear e instalar corretamente as novas tomadas desejadas”, conclui Oliver Andrade.
3 – DE BEM COM AS CIFRAS
Além de pensar no jeito certo de decorar e ocupar o novo apartamento, é preciso também se programar para as despesas comuns na data de entrega das chaves. O bom planejamento acontece já no tempo da compra. A lógica é simple: o cliente se preparou com uma poupança para o ato da aquisição e deve se preparar também para os gastos que serão requisitos para se ter direito às chaves. Os casos são diferenciados e dependem da negociação com o cliente. A situação mais comum, porém, é a de o cliente ter que se preparar para o pagamento da parcela única, dos impostos e das taxas (veja a seguir).
Preparar a papelada para finalizar os processos admi
nistrativos que efetivam a venda do imóvel junto à incor
poradora e ao banco financiador do imóvel é outra etapa
importante. Por isso, seis meses antes da entrega, a Cyre
la envia uma carta ao comprador, avisando que ele será, em breve, procurado por um assessor imobiliário indicado pela empresa. “Por cuidarem da tramitação dos documentos, eles são uma ajuda valiosa nessa fase”, diz Guilherme Puppi, diretor-geral do departamento de Crédito, Cobrança e Repasse Corporativo da Cyrela. Se tudo está certo com o banco e com a incorporadora, dois meses antes da entrega do empreendimento o cliente pode ter tudo aprovado e se mudar para o imóvel novo assim que sair o Habite-se (sinal verde da prefeitura para ocupar o imóvel).
Mais informações no site cyrela.com.br (Acesse o Portal do Cliente) ou pelo telefone 08000 14 5656.
ECONOMÊS FÁCIL, FÁCIL…
Para quem está a meses da entrega das chaves,
a leitura da Cartilha Financeira é de grande ajuda. Criada para esclarecer e simplificar a vida
do novo proprietário, a publicação elenca as responsabilidades, os direitos e os deveres do comprador e da incorporadora. Mostra também como a empresa se estrutura para auxiliá-lo nas etapas da aquisição do imóvel, inclusive a que antecede o dia mágico em que o comprador se apropria do seu bem. Saiba mais: cyrela.com.br/publicacoes.
OLHA O INCC AÍ!
Quem mora de aluguel ou não é economista passa a lidar com uma sigla nova ao comprar o primeiro imóvel. O INCC (Índice Nacional de Custos da Construção Civil) é uma correção monetária que serve como termômetro da inflação no setor, usada para ajustar as parcelas da compra e também o saldo devedor. Em 2012, o INCC está fechando em cerca de 7%, índice relacionado à saúde da economia do país.
PROPRIETÁRIO E CIDADÃO
Saiba quais são os impostos que você deve pagar ao receber o imóvel novo:
- ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) – pago ao município e varia de 2% a 4% do valor do imóvel.
- Custos de cartório – em torno de 0,5% do valor do bem.
- Laudêmio – tributo pago à União, em casos específicos no território nacional. É uma espécie de compensação pela ocupação de imóveis em terrenos pertencentes, por exemplo, à Marinha. Há casos curiosos, como os de Alphaville e Tamboré, em São Paulo, onde a cobrança do imposto acontece porque as regiões abrigaram aldeamento indígena. Há ainda o caso do centro histórico da cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde se paga o laudêmio em benefício de descendentes da antiga família real brasileira, em obediência a lei do século 19.